Período de execução: de 01/01/2009 a 31/12/2010







1. Exposições itinerantes, interactivas, dirigidas às escolas e Lares/Centros da 3ª Idade
2. Actividades das escolas na quinta (contacto com a natureza, preservação da biodiversidade, actividades agrícolas).
3. Roteiro do PEQC: biodiversidade, geomonumentos e etnografia
4. Actividades de lazer ambiental para a infância e 3º idade no PEQC. Material de apoio
5. Oficinas/laboratório da natureza: Equipamentos. Arboreto com a flora tropical dos Lusíadas. Jardim dos Rios, Banco genético da Vinha e dos pomares.
6. Viveiro de Espécies Endógenas destinado aos jardins municipais e a povoar e repovoar o próprio PEQC, as ruas e os espaços verdes sob administração autárquica.

A. Impactos a nível da educação e cidadania ambientais

Foram cerca de 2.300 os visitantes , em pequenos grupos e individuais. Através da INTERNET e do nosso site www.lac.pt, recebemos mensalmente perto de 7.000 visitantes virtuais, mais de 80.000 por ano, dos quais 30% oriundos de outros países. A itinerância das nossas exposições, sobre a “Fauna e Flora “ endógenas e as “Aves de Portugal”, a primeira com base nos conteúdos do desenho científico e biológico e a segunda utilizando as fichas e aguarelas criadas pelo rei D. Carlos, estima-se ter atingido um público de 3.000 pessoas no Museu de Conimbriga, 1.000 no Complexo Monumental de Santiago da Guarda, e 1.500 nas escolas Fortunato de Almeida e Felismina Alcântara. E reiniciou-se a formação contínua de professores, com 3 turmas oriundas de toda a Região Centro, representando cerca de 1.000 horas de formação.

Enquadrando este processo, procedeu-se á renovação dos painéis e materiais que permitem prosseguir e tornar acessível aos diferentes sectores de público, o discurso sobre as Éticas Ambientais e sobre a relação entre Literatura e Ambiente.

B. Impactos económicos

Os estudos económicos apontam para a classificação económica como turistas de 80% dos visitantes, sendo o impacto económico da sua visita e estadia de cerca de 100 €/pessoa, o que aponta para um valor acrescentado na economia local e regional de cerca de 80.000 €/ano.
Em paralelo, a produção de material vegetal no Horto Municipal agora instalado e melhorado, deverá permitir à autarquia uma poupança de 50.000 €, contribuindo para desenvolver a jardinagem dos espaços públicos com espécies endógenas mediterrânicas e apoiando a contínua reflorestação do parque com essas espécies, tal como das suas valências Jardim de Aromáticas e Arboreto com a Flora dos Lusíadas e rentabilizar os postos de trabalho municipais e do próprio parque.
C. Impactos a nível da conservação da biodiversidade e sumidouro do carbono, nos domínios da investigação, formação e educação, e de projecto
Encontra-se instalado o Laboratório de Estudos Ambientais, polinucleado, com o banco genético da vinha em modo de produção biológico, o campo de controlo das acácias, o viveiro das espécies mediterrânicas e das plantas aromáticas, a sala de observação das espécies e o centro de documentação.
No último inventário faunístico e florístico, foram identificadas mais de 400 espécies da fauna e flora mediterrânicas e mais de 40.000 árvores em pleno crescimento, com predomínio dos carvalhos e do sub-bosque que lhe está associado, mas também das espécies ripícolas e da cerejeira brava, castanheiro, etc…
A protecção do gado asinino e a estruturação do seu projecto de criação, foram igualmente impulsionados e estabelecidas parcerias com esse fim.
As linhas de água, poços e nascentes, as minas de água e toda a etnografia associada, foram melhor conservadas e melhoraram o seu débito, de tal modo que as reservas hidrológicas do parque abastecem hoje a própria rede pública municipal.
Passaram à fase de execução os projectos de produção de frutos silvestres, cogumelos e do apiário.
Foram introduzidas as primeiras unidades de produção de energia renovável e elaborado o projecto de uma pequena central de microgeração fotovoltaica.
Elaborados também os estudos para a plantação dos pomares de bravo de esmolfe, malápio fino, malápio de serra e pêro pipo, em modo de produção biológica e os estudos destinados a controlar os seus insectos predadores.
Neste contexto, se articulam as parcerias com a Câmara Municipal, cuja boa colaboração é indispensável à continuidade do projecto e as Cooperativas de Nelas e Mangualde, tal como com diversos centros de investigação agrária, escolas superiores e universidades.
Perspectivas de futuro:
O PEQC, nos seus 570.000 m2, é hoje um parque de educação ambiental, como o são os que foram constituídos apenas com esse objectivo, mas também de renascimento das actividades agro-silvo-pastoris e de turismo ambiental, em contexto do mundo rural. Parte do conceito base de que não existe ecologia e estética da paisagem sem a continuidade da sua humanização. E procura associar as práticas e técnicas empíricas tradicionais, com sustentabilidade ecológica, com as modernas ciências do ambiente. O seu paradigma científico é o da interdisciplinaridade e do ensino experimental. O seu modelo de gestão associa o agro, o turismo e a investigação-formação-educação, procurando criar novos perfis profissionais de polivalência e formação contínua. E tornar acessível os conceitos das novas éticas ambientais.
Esta candidatura permitiu particularmente desenvolver o programa de florestação com espécies endógenas, completar o arboreto com a Flora dos Lusíadas e o jardim de plantas aromáticas e dos rios, assim como prosseguir o programa de acolhimento, tratamento e conservação dos exemplares ainda existentes da raça asinina, que aqui encontram o seu santuário.
Os fundos candidatados permitiram financiar a produção de material educativo multimédia para sensibilizar e criar atitudes de conservação e preservação da natureza e da biodiversidade nos segmentos de público escolar, excursionista e turista, com atenção especial aos seniores.
E melhorar e desenvolver as 18 valências do PEQ, sobretudo do seu Laboratório de Estudos Ambiental em plena natureza e paisagem cultural humanizada.

O PEQC encontra-se atualmente sob gestão direta da Câmara Municipal de Nelas